segunda-feira, 9 de julho de 2007

Relatividade Reversa

A mulher (de origem nas civilizações antigas e ocidental)foi socializada por muito tempo em uma organização familiar em que sua virgindade, aspecto físico, era indispensável para a honra da família no casamento. Já o homem, não fazia(?) diferença se ele tinha se “deitado” com 500 prostitutas antes da noite de núpcias, contanto que não passasse uma doença letal para a esposa...(humor negro.) O primeiro caso constitui-se num fator essencial na concepção feminina de que a entrega do corpo deve corresponder a entrega da alma, ou melhor, que uma coisa expresse a outra. E na concepção masculina de que as mulheres devem pensar e agir assim, eles não. Isso se chama: machismo. Enfim: “Viva a diferença, mas com direitos iguais”, e deveres também, acrescento. E o machismo, gerou há algumas décadas (por volta de 1960), um extremo ainda mais arbitrário: o feminismo, por sua dose cavalar de reação a séculos de repressão, pois, muitas mulheres acharam que para possuir os mesmos direitos que os homens, tinham que cometer os mesmos equívocos. Tomando-os por certos, esquecendo-se que eles eram não os direitos, mas o abuso deles.
A razão e a sensibilidade não estão apenas nos lugares determinados pelos rótulos. Dizer : “Ah! Isso é coisa de homem.” Ou: “Ah! Isso é coisa de mulher...” São frases cada vez mais ultrapassadas atualmente, pois a mulher vem provando que é tão capaz quanto os homens para exercer atividades antes exclusivas deles e até superando-os. E vice-versa. Uma mulher pode ser melhor mecânica que um homem e este mesmo homem ser melhor e mais organizado nos serviços domésticos. O que faz a mulher excelente no lar é sua maior adaptação a ele, o que nem sempre acontece. Os diferentes papéis atribuídos aos sexos têm por base a diferença física, mas mesmo esta, não é interpretada da mesma maneira nas mais diversas culturas. A diferença cultural é sobreposta a diferença física e confundem-se ambas em nosso raciocínio etnocêntrico, em muitas ocasiões ignorante deste fato. Mas é este mesmo fato que faz com que os homens, não as mulheres, fiquem de resguardo após o nascimento do bebê para “completar a formação de sua alma”(na crença deles) e que estas mesmas mulheres façam a pé; um percurso de aproximadamente 2 Km com 30 litros de água nas costas, levados para a aldeia. Isto aqui mesmo no Brasil, em uma tribo central, que vive no alto Xingu, em região amazônica.

Mais uma prova da sabedoria divina em oferecer-nos múltiplos campos de experiência e aprendizado, afinal, podemos reencarnar tanto em corpo de homem quanto em corpo de mulher. As virtudes, talentos e mazelas nestas passagens, migram de um sexo para o outro, pois são faculdades do espírito. Não somos melhores por sermos homens ou mulheres, mas sim pelo que fazemos destas condições.

A tendência é de que a diferença dos sexos seja apenas uma ferramenta física da expressão de um (esse 1 supõe outros meios de expressão, como os gestos de amizade, por exemplo...) dos tipos de amor que um casal pode ter. O que já acontece. A mudança é a de que passaremos a manipular cada vez mais conscientemente estas modalidades de afeto, através de nossa índole espiritual, constituindo assim, as bases do amor universal.

E tudo isso sem entrarmos na dinâmica complexa das relações. Quanto a esta, faço uma referência à história contada no início (mega-resumo, pelo tanto que deixei de dizer e considerar): às mulheres- santa repressão que fez de muitas de nós ótimas atrizes e excelentes líderes. Aos homens- santa hegemonia que fez de muitos deles excelentes cientistas, filósofos e inventores!!! Caminhemos para a síntese do equilíbrio.

Jean Bizzy

01/02/02

Nenhum comentário: