Nesta hora de suprema lembrança guardo para vocês o meu supremo pedido.
De estar onde se quer, com quem se quer e como quer.
De fazer uma canção e compreender a emoção.
De voar sem direção!
Ainda que as nuvens e o tempo fechem a visão,
não há nada como o dom da correspondência,
como o prazer do merecimento;
e o princípio da reciprocidade.
Até nas tramas da inconsciência,
por onde se esvai a existência,
vibra uma questão amena.
Uma questão de desistência.
Existência pede ausência,
como vida pede poema.
Desfigura a turbulência,
revigora a indigência.
Vislumbra a luminescência.
Repara na indulgência.
Descansa na ligação,
o ligamento do universo,
a harmonia do eterno,
a mecânica do perfeito.
Perpetua-se na ligação,
a graça do paraíso,
o sacrifício do sentido.
Vibra no mundo,
a tudocidade da complexidade paralela,
daquele que medita e ouve,
os benefícios do bem benéfico.
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