segunda-feira, 9 de julho de 2007

Nós, Vós, Ele

Nesta hora de suprema lembrança guardo para vocês o meu supremo pedido.

De estar onde se quer, com quem se quer e como quer.

De fazer uma canção e compreender a emoção.

De voar sem direção!

Ainda que as nuvens e o tempo fechem a visão,

não há nada como o dom da correspondência,

como o prazer do merecimento;

e o princípio da reciprocidade.

Até nas tramas da inconsciência,

por onde se esvai a existência,

vibra uma questão amena.

Uma questão de desistência.

Existência pede ausência,

como vida pede poema.

Desfigura a turbulência,

revigora a indigência.

Vislumbra a luminescência.

Repara na indulgência.

Descansa na ligação,

o ligamento do universo,

a harmonia do eterno,

a mecânica do perfeito.

Perpetua-se na ligação,

a graça do paraíso,

o sacrifício do sentido.

Vibra no mundo,

a tudocidade da complexidade paralela,

daquele que medita e ouve,

os benefícios do bem benéfico.

Jean Bizzy

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