segunda-feira, 9 de julho de 2007

Há muitas moradas na casa do pai


Um dia me contaram, de uma casa bonita.

Ouvi, e fui sem pressa pela vida...

Mas um dia vi a casa.

Edificada sobre alicerces de nuvem,

e paredes de pedra.

Entrei, pois tinha portas abertas.

Portas de cortesia.

simpáticas, ofereciam-me suas mãos.

Chão de rosas.

Não! De todas as flores.

Flores fiéis,

avisando:

Cuidado com os espinhos!

Uma casa,

com ar de santidade,

janelas para o mundo

e cortinas para o véu.

Cadeiras com pernas

para passos largos,

e asas para voar.

Queria descrever,

além do ambiente,

minha grande surpresa:

Vi o que podia ver

e mal me dei conta disto...

Porque outros iam e vinham,

sem enxergar a mesa da sabedoria.

Neste universo paralelo,

a casa era o auge de si mesma,

projetada pelo coração.

Da mocidade.

Ser abstrato e definido,

tocado pelas mãos da sensibilidade.

Jean Bizzy

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