quarta-feira, 29 de julho de 2015

Recurso Extraordinário



Aqui estou. Nunca me encaixei no estereótipo de mulher frágil e dependente. Mas, agora, sou obrigada a revelar minha identidade secreta: Mulher Maravilha. E, em nome da Liga da Justiça, venho hoje falar a Senhora Presidenta da República e ao Senhor Presidente do Poder Judiciário.
Venho, humildemente, elogiar suas inteligências. Hitler também foi muito inteligente. Porém, o que temos a dizer de sua condição humana? 
Nos, Servidores Públicos, fomos reduzidos a condição de mendigos. E o que dissemos a esse respeito? Greve. Um direito que nos cabe, e por muitos e e tem sido reprimido e oprimido pelo medo...
Da mesma maneira, é muito inteligente a classe dominante deste país, que busca a qualquer preço se manter no topo... A preço do sacrifício do povo brasileiro, do nosso sacrifício. O que tenho a dizer sobre a condição humana dessas pessoas? Neste momento, nada.
Enquanto transitam livres as grandes fortunas, nós nos sacrificamos para manter funcionando a Justica (ou justica???) deste país, pagamos pesados impostos todos os dias e vemos as possibilidades de nossas remunerações achatadas progressivamente como um carrapato. Contudo, quem são os parasitas, nos Servidores Públicos? 
O que define afinal a Condição Humana, se o raciocinio por si só não lhe garante integridade? Dignidade e a primeira resposta que me vem à mente. Entretanto, o que significa essa tal "dignidade"? Sentimentos morais de liberdade, fraternidade e igualdade, suponho. 
Dignidade que só pode ser satisfeita e reconhecida com a Verdade - coerência entre pensamentos, palavras e ações. Com aquilo que eu, Mulher Maravilha, sempre defendi junto aos meus amigos: Justiça. 
Então, Senhora Presidenta da República, Senhor Presidente do Poder Judiciário, não há dicionário que defina melhor esta greve como a busca da dignidade pela Justiça. E não há no mundo ideal que mais se contraponha a realidade.

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