É muito fácil filosofar sobre a dor dos outros. É muito fácil filosofar sobre a solidão do indivíduo. A gente nasce sozinho e morre sozinho, porém, passa a vida acompanhado. De fato, a sabedoria divina é feita de opostos complementares.
Amor não correspondido, por acaso é verdadeiro? Por acaso é amor, ou é paixonite?
Se esperar perfeição neste mundo para alcançar a felicidade, morrerei em expectativa. E infeliz.
Ah! Sou feliz na felicidade possível a este mundo, porque a vida é bela. Porque tudo isso é brega e clichê: mas é verdade uai, o que posso fazer? Todo mundo nesta Terra padece, resta então agradecer!
Não se apegue a este mundo maluco, onde a insanidade moral ataca do puteiro ao templo, da avenida ao beco ou do palácio à favela. Até nas casas religiosas, onde as pessoas deveriam se acolher, é melhor ficar calado e quieto, para não ser jogado ao circo romano. Até onde se espera ovelhas, há lobos e lobas à espreita. Não se trata de paranóia, infelizmente!
Esquecemos as lições básicas do amor crístico, dia após dia. Hanna Arendt ensina: quem não se lembra, não tem moral. Logo, a memória é fundamental ao desenvolvimento da moral.
Deus está em nós, mas nós não estamos em Deus. Já nos disse nosso velho maluco beleza Raul Seixas. Busquemos então esta sintonia.
"Os mansos herdarão a Terra."
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