domingo, 21 de agosto de 2011

Apenas palavras sobre Nada

Ser doido é a melhor coisa que se pode fazer diante da realidade.

A depressão é apenas como me vejo, não quem eu sou.

Acho que sei por que gosto dos homens. Por causa de um Chico Buarque, um Tom Jobim, um Djavan... Fico à espera de um que, talvez não possa expressar poesia em palavras, mas possa me tocar com poesia.

“Clube da Luta” é parte do que vejo em mim mesma. É... altamente engraçado. Ser alguém sem saber que se é – passamos a maior parte do tempo assim.

É altamente normal ser normal, desde que se possa fingir a normalidade.

O mundo é o grande palco da nossa tragédia interna e infantil. Só se é adulto com mil cordas que nos seguram de pé. Dia após dia.

Fale consigo mesmo e elas se romperão. Nada faz sentido se você não estiver lá.

Será que alguém pode me entender? Será que algum homem pode gostar de mim assim?

Há alguém capaz de olhar nos meus olhos, sem que isso seja como olhar para um espelho? Tem alguém aí? Estou cansada de bater... E como diz Renato Russo, ninguém abrir. Vai ver alguém cuja presença não posso perceber. De jà vu.

Romantismo deve ser doença incurável. Não há lógica nela. Uma mulher gostar dos homens após vê-los bater em suas esposas, abandonar seus filhos, tratar suas companheiras como vadias ou prostitutas. Ou depois de ver homens traindo suas mulheres com outra(s) mulher(es) ou outro(s) homem(ns). Adulterar palavras e sentimentos por prazer. Enganando a si mesmos de que gostam das mulheres e não unicamente de seu corpo. Aliás, isso significa que os tais gostam mesmo é de si mesmos.

Por que afinal Deus fez homens e mulheres?

Por que nossa reprodução não é assexuada?

Seria tão mais simples, tão mais fraterno...

Mas não. Deus quer que sejamos fraternos no meio do caos!

No meio da merda oposta!

No meio da luz que ofusca o universo.

O amor deve surgir da cegueira, não da razão.

É sob o impacto dessas idéias quentes que atiro sobre minha cabeça que cada um vai dormir esta noite.


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