terça-feira, 21 de junho de 2016

Aos rebanhos...


"Historicamente, as coisas mais terríveis, guerra, genocídio e escravidão, vieram não da desobediência, mas da obediência." 
Howard Zinn

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Pai Nosso na língua de Jesus

Recebi esta mensagem em um grupo de WhatsApp, o "Florais de Minas", não tinha autoria:

" Abwun d’bwashmaya
Nethgadash shmakin
“Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach, aykanna d’bwashmaya aph b’arha.
Hawvlan lachma d’sunqanan Yaomana.
Washboqlan khaubayn ( wakhtahayn) aykana daph khnan shbwoqan l’khay yabayn.
Wela tahlan I’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta
I’ahlam almin.
Ameyn”

É desta oração, o Pai Nosso em Aramaico, que derivou a versão atual do “Pai-Nosso”, a prece ecumênica de “Issa” (Jesus Cristo). Ela está escrita em Aramaico, numa pedra branca de mármore, em Jerusalém/Palestina, no Monte das Oliveiras, na forma que era invocada pelo Mestre Jesus.

O aramaico era um idioma originário da Alta Mesopotâmia, (século VI A.C) e era a língua usada pelos povos da região. Jesus sempre falava ao povo em idioma aramaico.

A tradução direta do aramaico para o português, (sem a interferência da Igreja), nos mostra como esta oração é bela, profunda e verdadeira ...

“ Pai-Mãe, respiração da vida,
Fonte do som,
Ação sem palavras,
Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho, respirando apenas o sentimento que emana do Senhor...
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu,
Para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades...

Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda e nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento...
...Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento de que o senhor é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza.

Possa o seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

QUE ASSIM SEJA”

O REVERSO DA MOEDA

Fritjof Capra nos ensina em sua obra, “O Ponto de Mutação”, a abordagem sistêmica da ciência e da vida. No entanto, para compreender a lógica sistêmica, precisamos romper com o paradigma cartesiano que há tanto tempo fundamenta praticamente todas as descobertas humanas do mundo ocidental. Porém, o que isto significa?
A física quântica demonstra teoricamente que tudo está interligado no universo. Matéria e energia, pensamento e manifestações concretas. Somos todos responsáveis por nós mesmos e uns pelos outros -isto é simultaneamente maravilhoso e devastador.
Por consequência, percebemos que a abordagem biomédica ou tradicional das doenças, mais conhecida como alopatia, é válida e necessária, contudo, apenas uma ínfima parte do que significa SAÚDE.
Por que duas pessoas são expostas a um vírus, uma se contamina, e a outra não? Por que duas pessoas comem a mesma comida, uma passa mal, e a outra não? Por que tantas pessoas morrem de câncer, mas algumas sobrevivem e nunca mais manifestam a doença? Por que cadáveres de mendigos foram descobertos, ainda na década de 1960, curados espontaneamente de tumores malignos?
Lá pela página 240 Capra nos dá uma pista, ao mencionar a pesquisa de um oncologista e sua mulher psiquiatra, os Simontons. As células cancerígenas são anormais e fracas. Em um sistema imunológico saudável o organismo deveria destruí-las ou isolá-las, impedindo sua proliferação. Entretanto, o câncer se manifesta ameaçando a vida justamente quando o organismo está fraco, ou seja, quando o indivíduo é incapaz de se defender. Este casal descobriu que a maior parte dos pacientes passou por uma situação altamente estressante no período de 6 a 18 meses antes de adquirir a doença, situações em que se sentiram “sem saída”, desejando consciente ou inconscientemente morrer. Mas, o tratamento não consiste em achar um “culpado”, consiste em conscientizar os pacientes de sua responsabilidade. Se somos capazes de adoecer, somos capazes também de encontrar a cura. Autotranscedência, autossuperação, capacidades dos sistemas auto organizadores/ autorreguladores: nós, seres humanos. “O câncer não é, portanto, um ataque vindo do exterior, mas um colapso interno” (Capra, 1982:241). O método principal dos Simontons é fortalecer o sistema imunológico por meio de técnicas de relaxamento e visualização, também conhecidas como “biofeedback”.
A terapia homeopática trabalha desde o século XVIII com esta nossa capacidade de autocura. No início do século XX, um médico homeopata inglês, Dr. Edward Bach, desenvolveu um sistema de cura baseado em 38 estados emocionais conectados, surpreendente, ao significado de algumas flores. Há uma sabedoria antiga chamada “Lei das Assinaturas” dizendo que as plantas “falam” conosco. Existe no Brasil planta mais farta e generosa que a Jabuticabeira? Ou flor mais pura e inocente que a Camélia, símbolo da Abolição da Escravatura?
Tão inspirado Dr. Bach, assim como Carl Gustav Jung, o psicoterapeuta que, ao romper com Freud, reconheceu a dimensão espiritual como parte fundamental da psique humana. Assim, atualmente a psicologia transpessoal se contrapõe às mais importantes “escolas de psicologia ocidentais, as quais são propensas a considerar qualquer forma de religião ou espiritualidade como baseada em superstições primitivas, aberrações patológicas ou falsas crenças a respeito da realidade, inculcadas pelo sistema familiar e a cultura” (Capra, 1982:250).
O grande salto sugerido por Capra é a integração das terapias físicas com as psíquicas, a implantação de um sistema de saúde holístico, capaz de integrar fatores ambientais, individuais e socioculturais. Aspectos sociais aparecem recorrentemente como fundamentais para compreender diversas formas de adoecimento mental. Fatores ambientais como a exposição a produtos tóxicos também são relevantes..., mas, nenhum deles explica o fenômeno isoladamente.
A terapia proporcionada pelas flores dos múltiplos sistemas hoje disponíveis é terapia das almas, terapia das causas, das conexões intrínsecas, extrínsecas, do ser consciência cósmica, do inconsciente primordial a despertar o manancial inesgotável de cada um em sua essência divina. Posso atestar, por experiência própria, que a terapia floral é holística, pois pude sentir e sinto seus efeitos de bem-estar no meu corpo e na minha alma. O que cada indivíduo conquista a partir das flores é permanentemente seu. As conquistas do ser são permanentes. Como diz meu mestre, Newton Lakota, “a busca do equilíbrio por meio do autoconhecimento”. As flores, com sua linguagem ainda misteriosa, estimulam nossas contrapartes luminosas, elucidam as sombras... Costumo brincar que, se Deus não existe, o Acaso é um ser inteligente. DEUS, a mente cósmica no comando. O curso de um elétron não é determinado pela atração do núcleo, é uma probabilidade, não uma certeza! Luz, matéria ou energia? Razão, única forma de conhecimento? E o que nós somos? Enxofre, sal e mercúrio: prótons, elétrons e nêutrons. Mentes criadas, co-criadoras... Matéria e energia.
Por isso, na busca incessante por mim mesma, percebi, num “salto quântico”, que posso levar essas possibilidades de cura a outras pessoas. E já havia feito o curso completo do Sistema Florais de Minas, no entanto, sem compreender o que poderia realizar a partir dessa sabedoria tão delicada, presente na natureza, nos jardins, nas floriculturas, na diversidade cultural, nas histórias, nos arquétipos, no inconsciente coletivo, enfim, na criação pura e simples manifesta neste planetinha, deslizante às bordas da Via Láctea.
Então, muito prazer, Fernanda Flávia no momento, terapeuta holística, sempre estudando e aprendendo, à disposição do seu potencial de cura.
Detalhes a respeito do meu trabalho serão dadas em postagem posterior.

ABRAÇOS FRATERNOS

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Jean Bizzy

Um dia do ano de 2001, decidi escrever um artigo no Boletim Informativo da Mocidade (BIM) Espirita Maria Joao de Deus. Contudo, nao queria revelar minha autoria e inventei um pseudonimo: "Jean Bizzy". Entao escrevi um artigo sociologico, se nao me engano, intitulado "Velha Desconhecida".
O pseudonimo "colou" e escrevi outros artigos no BIM, alguns deles publicados aqui no Blog.
No decorrer da trajetoria na mocidade, ouvi uma das colegas comentar que relacionar sociologia e espiritismo era uma tremenda bobagem... Mas, era exatamente isso o que eu estava fazendo!
Mais tarde, quando contei a ela quem era "Jean Bizzy", ela se surpreendeu.

A proposito, agradeco a meu ex-namorado, Andre Zocrato, a ideia de criar este Blog em 2007. Comecou com o nome de "Portapalavras" e hoje e "Cagitosun". 

Jean Bizzy continua sendo uma abstracao da realidade, uma forma de dizer o que penso e sinto. Porem, o que e realidade? Ha muitas divergencias atualmente... Ouvi um professor de antropologia dizer naquela epoca: "A unanimidade e burra". E o radicalismo dos tempos parece-me ser o Juizo Final...
Canta Clara Nunes o samba de Nelson Cavaquinho:

"O sol ha de brilhar mais uma vez
A luz ha de chegar aos coracoes
Do mal sera queimada a semente
O amor sera eterno novamente

E o Juizo Final
A historia do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer"

Bebes a bordo...

Imagino que todos nos estamos no mesmo barco. E um cliche, mas serve.
Se todos na Arca de Noe comecassem a lutar entre si, o naufragio seria certo.
Acontece que nao estamos na Arca e temos dificuldade em compreender como nossas acoes influenciam as vidas das outras pessoas. 
Sou capaz de apostar tudo que tenho (o pouco que tenho) na hipotese de que muitos de nos se sentem exaustos... Imersos no campo das guerras mentais, ideologicas, estrategicas, entre grupos, entre poderes e tantos massacres ostensivos dos fracos pelos fortes. Mas, tudo que desceu ao mar durante  milenios esta vindo a tona e lutamos feito criancas sem saber que o barco vai afundar.