segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dia de confusão


Hoje é um dia de confusão. Mental, moral e espiritual. Mas, é uma confusão tão boa que parece água fervendo na caneca, desfazendo-se em bolinhas de sabão que se espalham pelo ar... É a vida buscando um sentido em mim. Procurando um rumo natural, como a esgueirar-se no vale a ser tomado para leito de um rio.
Quero gritar, contudo, como sempre, choro. E de tanto chorar a vontade de gritar some, consumindo-se da garganta aos olhos e dos olhos à minha face perplexa. Nada parece como antes e “nada será como antes”.
Nunca pensei que bagunçar tudo dentro de mim pudesse ser tão bom! É como mudar de casa... Uma péssima ideia. Porém, quando começamos a tirar as coisas daqui para ali... Quanto lixo descobrimos e jogamos fora! E aí, como foi limpar a morada de seu coração???


Percebi que nós mulheres somos poderosas só pelo fato de sermos mulheres. Tornar-se poderosa é então, apenas explicitar o óbvio.



O que sei é: continuarei sendo firme, forte, corajosa. Eles me amem ou não. Não importa. Meu valor não se mede pelo afeto de um homem, meu valor se mede por quem eu sou. 

Metalfora

Outro dia lembrei de ter um coração e olhei para o meu peito. No entanto, havia uma bandeja flutuando em sangue... Sobre ela restavam cacos formando um belo vaso que se sustentava em cola. Curioso, a cola é composta de uma mistura de lágrimas, sorrisos e esperanças, cuja gosma violenta secou sob o sol do amor.

Não tenho coração, tenho vida em mil pedaços.

Quem há de visitar tamanho abismo?